Roland EM-50

Tipo: arranjador
Fabricante: Roland
Modelo: EM-50
Ano de fabricação: 1999
Ano de entrada no set: 2005 - Saída: 2006
Avaliação: 9/10 ★★★★★★★★★☆



Está aí um teclado que, para mim, em 2005, foi impressionante: pela primeira vez eu conhecia um instrumento que poderia ser controlado pelo ar. Não entendeu? Explico.
Se você prestar atenção na foto acima, vai ver um pequeno retângulo azul perto do logotipo da Roland. Aquilo ali tinha dois dispositivos emissores de raios laser invisíveis e, através daquilo ali, era possível fazer com que o som pudesse ser alterado em tempo real "magicamente", sem encostar em nada. Se você já viu alguém tocando Theremin (n. do a.: instrumento musical elétrico desenvolvido no início do século XX pelo físico e inventor russo Lew Sergejewitsch Termen, mais conhecido como Léon Theremin, que consistia de duas antenas, uma para alterar o pitch, outra para regular a intensidade do som, e ambas detectavam os movimentos das mãos), pense em algo similar. O nome daquilo ali? D-Beam.
Peguei esse teclado no lugar de outro que tive antes, um Fenix TB4000D, que não durou muito. E foi com esse instrumento que, pela primeira vez, descobri maiores potencialidades no controle do som, seja via D-Beam, seja criando User Programs personalizados, seja por meios mais excêntricos - lembro que cheguei a criar um som "analógico" nele através de uma sequência de mensagens MIDI salvas num disquete, e funcionava super bem (eu tinha um vídeo disso, inclusive - pena que perdi...)
Naquele tempo, o EM-50 foi meu segundo teclado em muitas apresentações com o Grupo Artístico da Associação Canoense dos Deficientes Físicos (ACADEF), assim como meu instrumento principal numa banda que estava nascendo na época, a Monos (que não chegou a ir adiante).
Intervalo de ensaio com o Grupo Artístico, na sede da ACADEF, em novembro de 2005
Na casa do vocalista da banda Monos, no início de 2006

Por um tempo ele também foi controlador do meu primeiro Roland SC-880 - e, sendo ambos Roland e compatíveis um com o outro, o "casamento" se deu muito bem.
Não sei quais foram as circunstâncias que me levaram a vender o EM-50 em meados de 2006. O que sei é que peguei gosto pela marca desde então e que, depois dele, vieram outros teclados Roland no meu set, como o GW-7, o Juno-Gi, o controlador A-800PRO e, atualmente, o XP-50, só para citar alguns exemplos dos quais me lembro.
Um ponto baixo desse instrumento era a polifonia, de apenas 24 vozes - o que não permitia arranjos muito complexos, nem fazer acordes cheios com combinações de timbres muito detalhadas, por exemplo. As notas eram cortadas. Talvez, se fosse um pouquinho maior, tipo 32 ou 48, isso não acontecesse com tanta frequência. A nota é 9 em razão disso.